sábado, 12 de novembro de 2011

VELOCIDADE - DEAN KOONTZ











Título: Velocidade
Autor: Dean Koontz
Tradução de Alves Calado
Editora: Nova Fronteira
Ano de Publicação: 2006.









"Se você não levar este bilhete à polícia, vou matar uma linda professora loura em algum lugar do condado de Napa.
Se você levar este bilhete à polícia, matarei uma mulher idosa que faz obras de caridade.
Você tem seis horas para decidir.
A escolha é sua."


E se você recebesse um bilhete desse, o que faria? Foi o que me peguei pensando quando comecei a leitura de "Velocidade", o primeiro que li do autor. Quem recebe o bilhete datilografado é Billy Wiles, um barman, ao sair de seu turno de trabalho, no início de uma noite. E agora? Aquilo seria uma brincadeira? De qualquer forma, dependendo do que fizesse, alguém morreria. Mas aquilo realmente iria acontecer? Ou era alguém fazendo uma brincadeira de muito, muito mau gosto?

Lanny Olsen, seu amigo (que é policial), pede que ele deixe aquilo de lado. Afinal, como descobrir quem seria a tal professora? Ou a tal mulher idosa? Uma maneira um tanto fria de ver as coisas, não é? Mas Billy não consegue mais ter sossego.

Ele não vai à polícia e, horas depois, uma professora é encontrada assassinada. E outros bilhetes começam a aparecer, assim como novas vítimas. A crueldade do assassino se torna cada vez maior. Sim, é um serial killer. E Billy se vê de mãos atadas. Sofre na pele a loucura do seu algoz, que parece querer levá-lo ao extremo.

E, além de tudo isso, há Barbara, em coma desde logo após terem se tornado noivos. Um coma estranho, que a faz vez em quando dizer frases, a princípio desconexas, mas que aos poucos Billy consegue compreender o que significam. E assim, ele também parte em busca de ajudá-la de forma mais significativa. O pior é que até mesmo Barbara não estará mais segura, ela corre o risco de se tornar uma vítima do serial, que aparenta conhecer todos os pormenores do cotidiano do barman, inclusive todos os detalhes de sua casa.


Gostei da primeira experiência com Dean Koontz. Pesquisei alguma coisa sobre o autor e percebi que ele escreve tendo em vista o suspense, o terror, o sobrenatural. Esse, porém, é diferente. É um thriller policial, que mostra uma situação que poderia, sim, ser real. E por isso é mais assustadora ainda. Tem louco pra tudo nesse mundo, eu concordo com isso. Koontz faz com que o leitor se torne cúmplice de Billy, uma coisa meio dolorida, por presenciarmos todas as terríveis situações por que ele passa, mas sem poder ajudá-lo, rs. Em certos momentos, me peguei pensando: "Pega a Barbara e some no mundo com ela, o que tem a perder?" Apesar de ser barman, Billy tem uma situação estável, por ter escrito livros no passado, de relativo sucesso. Até que algo acontece e ele não consegue mais escrever. Aos poucos, Koontz também nos deixa a par de uma tragédia pessoal acontecida na adolescência do protagonista. E o título combinou bem: as coisas aconteceram de uma forma na história que foi impossível eu parar de ler. Li em menos de um dia. Só não concordo um pouco com a motivação do assassino para os crimes. Tá, qualquer que fosse a motivação, eu não concordaria, rs. Mas, pela leitura, isso até que ficou um pouco em segundo plano. Quando a identidade do criminoso foi revelada, na verdade nem era mais isso o que me interessava na história, mas sim saber se tudo aquilo terminaria bem. Ou não.


2 comentários:

  1. Koontz é um de meus autores favoritos. O cara parece uma máquina, tem uma quantidade enorme de livros. Nem sempre bons, mas muitos obra-primas. Tenho este livro também, um dos poucos que ainda não li deste meestre. Sua resenha já e fez colocá-lo rapidamente acima dos outros. Valeu!

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  2. Muito obrigada, Rodolfo, tomara que curta mais ainda do que eu curti! Esse livro me fez querer ler outros dele, com certeza, inclusive aqueles que dividem muito as opiniões! ;)

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