sábado, 21 de abril de 2012

O NATAL DE POIROT – Agatha Christie


Clássico!

Não há palavra melhor para definir essa pequena obra-prima do romance policial. Todos os elementos “clássicos” estão ali: um misterioso assassinato ocorre na sombria mansão. Todos os presentes são igualmente suspeitos, todos têm um motivo para matar e, aparentemente, algum segredo a esconder. O crime foi cometido de forma fantástica, em um quarto trancado por dentro. Para deslindar o mistério, só mesmo o intelecto superior de um grande detetive. Que sorte que Hercule Poirot estava por perto!

Que cena mais clássica no romance policial que o momento da revelação? Quando o detetive reúne todos os suspeitos para analisar minuciosamente cada possível hipótese antes de finalmente elucidar, com um golpe de mestre, a identidade do assassino!

Clássico dentre os clássicos, não há quem rivalize com Poirot na hora de fazer suas revelações. Ele fica calado ou dá uma de bobo durante o livro todo, largando aqui e ali umas insinuações tão sutis que ninguém entende. Mas quando o homem resolve que é hora de falar...

A cena da revelação em “O Natal de Poirot” (“Hercule Poirot’s Christmas” no original) bem poderia servir de modelo para todos os romances policiais. É simplesmente brilhante! Ou, em uma palavra, clássico!

O livro teve como mote uma fala de Shakespeare, extraída do excepcional Macbeth: “Quem iria pensar que o velho tinha tanto sangue dentro de si?”

Frase essa que Agatha explica, toda faceira, na dedicatória que faz a seu cunhado James:

“Você tem sido sempre um dos mais fiéis e gentis de meus leitores, e eu fiquei portanto seriamente perturbada quando recebi de você uma crítica.

Você se queixou de que meus assassinatos estavam ficando muito refinados – anêmicos, na verdade. Você ansiou por um ‘bom e violento assassinato com bastante sangue’. Um assassinato onde não houvesse dúvidas de que se tratava de um assassinato!

Então eis a sua história especial – escrita para você. Espero que possa agradar.”

Imagino que o cunhado de Agatha Christie ficou bem satisfeito. Indeed, Mr. James!!!

Um comentário:

  1. Verdade, o cunhado dela deve ter amado tanto sangue, hahaha.
    Amo os romances da Agatha Christie, uma mente fascinante!!
    Adoro as clássicas cenas do Poirot fazendo suas revelações, comparo toda boa história de detetive com as que Agatha escreveu: humor e carisma!

    www.amorporclassico.com

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