Teve um
sabor especial reler esse livro depois de tanto tempo. Foi um dos primeiros de
Agatha que comprei, juntando o dinheirinho da mesada. Engraçado como lembro de
alguns detalhes totalmente sem importância, como a aparência do mostruário nas
Lojas Americanas onde comprei o livro... É curioso como algumas coisas são
fixadas, e outras parecem simplesmente evaporar da memória...
A
memória é justamente o tema desse livro. A pedido de sua amiga escritora
Ariadne Oliver (alterego de Agatha), Hercule Poirot decide investigar duas
mortes ocorridas muitos anos antes. A única maneira de obter as pistas, nesse
caso, é empreender um verdadeiro “safári” atrás dos “elefantes” (pessoas que
foram testemunhas da dupla tragédia e que deveriam poder lembrar de algum detalhe
importante).
Publicado
em 1972, esse foi o último romance que Agatha escreveu com os personagens
Hercule Poirot e Ariadne Oliver (embora o último a ser publicado tenha sido
“Cai o Pano”, escrito na década de 1940). Foi estranho nessa segunda leitura
notar o quanto a memória da própria autora parece ter sido afetada, pois há
diversas falhas de continuidade e os diálogos são muito frouxos. Chegou-se a
suspeitar, na época, que Agatha estivesse sofrendo de Alzheimer. Curiosa
sincronicidade ou referência intencional da autora, ao escrever um livro sobre
a memória (ou falta dela)?
Ainda
assim, a história é bastante envolvente, a ponto de manter o leitor grudado no
livro da primeira à última página. Um feito notável, considerando-se as falhas
da trama. Mas nada surpreendente, em se tratando de Agatha Christie. Mesmo
quando não é tão boa, ela é ótima!
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SINCRONICÍDIO:
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LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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