quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RESENHA - "A FILHA DA MINHA MÃE E EU" (LITERATURA NACIONAL) - MARIA FERNANDA GUERREIRO




LIVRO  : "A FILHA DA MINHA MÃE E EU" (LITERATURA NACIONAL)
AUTORA: MARIA FERNANDA GUERREIRO
EDITORA  : NOVO CONCEITO
SELO NOVO CONCEITO JOVEM
PÁGINAS –272
1ª IMPRESSÃO 2012
CATEGORIA: FICÇÃO BRASILEIRA/DRAMA
ISBN: - 978-85-63219-15-2


 A filha da minha mãe e eu
CITAÇÃO: "Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha." (pág. 7)
ANÁLISE TÉCNICA
-CAPA = de Marina Ávila. Mãe acalentando a filha encostada em seu ombro. O título está e alto relevo.
Foto comovente!
(nota:  4,00  de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO:  feita pela Crayon Editorial Ltda.
Tem: agradecimentos, sumário e 26 capítulos numerados e com pequeno logotipo de cruz; ao final de cada capítulo um asterisco marca o final.
Folhas amareladas com letras pretas, facilitando a leitura.
Formato/Acabamento: 16x23x1,7
Peso: 0.385 kg
(nota: 4,00  de 5,00)
- ESCRITA: Narrativa emocionada,intensa e consciente feita em primeira pessoa pela protagonista do livro: Mariana; mostra a visão pessoal do seu relacionamento com a mãe e a família.
 
(nota: 4,00  de 5,00)
CITAÇÃO: "- A gente não é Deus, Maria João. Há um limite para o que a gente pode fazer ou não. Até onde a gente pode intervir. Você fica sempre frustrada com as coisas porque acha que pode tudo e descobre, a todo momento, que não pode. É uma equação entre a onipotência e a impotência que acaba com a gente - meu pai tentou falar com carinho, sem magoar." (pág. 174)
RESUMO SINÓPTICO:   
Mariana vive com Davi e descobre-se grávida, a partir daí, toma a decisão de ser filha antes de ter seu próprio filho. Por que? Porque seu relacionamento com Helena, sua mãe, foi sempre conturbado e precisa resolver essa situação.
Mariana era mais apegada ao pai Tito, sempre compreensivo e companheiro. A cada nova 'briga' com a mãe, ela se aproximava mais do pai . Acreditava que Helena amava mais Guga, seu irmão, do que a ela; o que não impedia o amor fraternal e intenso entre eles.
Faz um retorno ao passado e começa a perceber uma nova realidade entre ela e a mãe. Percebe que não se esforçou muito por uma maior aproximação e começa a mudar essa situação... Descobre que o pai que idolatrava, não era o herói que idealizava e que a mãe a amava com intensidade...
Outros personagens compõe o enredo dessa trama familiar: a tia Maria João, os avós paternos, a terapeuta, a avó materna...
CITAÇÃO: "Ela teria que aprender a não mais fugir para as drogas quando as coisas não saíssem como desejava. E o mais difícil: teria que buscar a felicidade em outro lugar, num lugar mais verdadeiro e não na química que, apesar de promover alegria, destruía seu corpo e, pouco a pouco, sua capacidade de raciocínio e convivência com as pessoas. Mas essa era uma decisão que pertencia a ele. Só a ele."(pág. 189)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA: 
A história que envolve o livro é bem real, tanto que me identifiquei muito com o desenrolar. Parecia ter voltado ao meu passado em história semelhante. Algumas poucas diferenças, mas o drama foi o mesmo.
Na verdade achei Mariana um tanto submissa, poderia ser um pouco mais forte e se 'rebelar' (no bom sentido) em muitas situações. Em outros momentos ela exacerba mínimas atitudes que poderiam ser relevadas, porém acredito que na adolescência somos assim mesmo, incoerentes e sem tanta firmeza. Talvez nesse ponto a autora poderia ter dado uma personalidade mais forte a Mariana e esse foi a meu ver o único ponto a ser melhorado no livro.
O que chamou minha atenção também é o fato de no início achar que seria apenas mais uma relação complicada entre mãe e filha, uma relação familiar conturbada, como acontece nas famílias, entretanto, outra situação muito mais grave surge e tira o foco da relação entre mãe e filha e transforma o irmão em protagonista mais forte. E aí se constata que: a filha que aparentemente é submissa e inconformada pela predileção da mãe pelo irmão, se mostra uma mulher mais equilibrada e forte; e o irmão que enfrentava a mãe, se rebelava constantemente e que tinha toda atenção da mãe, diante de fatos inesperados, se mostra fraco e suscetível a uma alienação e fuga inesperadas...
Uma boa leitura que nos faz refletir sobre as relações familiares.
NOTA :  4,8 de 5,00
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SOBRE O AUTORA:



Médica, jornalista, atriz, advogada, cantora e psicóloga até os 15 anos, Maria Fernanda Guerreiro nasceu em 18 de janeiro de 1973, na cidade de São Paulo, e acabou optando por cursar Publicidade depois de ser uma das finalistas em um concurso de melhor redação entre as escolas de ensino médio de São Paulo. Formada em Comunicação pela FAAP, trabalhou como redatora em algumas das mais premiadas agências de propaganda do País até 2008, quando nasceu seu primeiro filho. Atualmente é uma das roteiristas do longa Estação Liberdade. O livro A filha da minha mãe e eu é seu romance de estréia.
Cortesia Editora Novo Conceito.


cheirinhos
Rudynalva

4 comentários:

  1. Muito interessante a apresentação do livro. Com certeza vou lê-lo.
    Manoel

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Manoel!
      Fico feliz em saber que gostou da resenha ao ponto de querer ler o livro.
      Obrigada por comentar.
      cheirinhos
      Rudy

      Excluir
  2. Oii Rudy,
    Estou enrolando com este livro na minha estante já tem um tempão. Adorei ler uma resenha tão positiva dele. "Me abriu o apetite"...hehe
    Com certeza vou ler em breve.

    Beijoos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bruna!
      Simplesmente adorei o livro e espero que você o leia.
      Obrigada por comentar.
      cheirinhos
      rudy

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