A
primeira coisa que chama a atenção nesse livro é a curiosa proposta: um livro
de jornalismo policial para o público juvenil!
O livro
é baseado em um caso real, que causou mesmo sensação na época. Um casal de
classe alta é encontrado morto a tiros. Logo o filho mais velho do casal
torna-se o único suspeito. O Brasil inteiro acompanhou “O Crime da Rua Cuba”,
exaustivamente explorado nos noticiários.
Tive
algumas descobertas ao ler esse livro. A primeira, a de que a história policial
é bem diferente na realidade e na ficção. Meu lado fã de Agatha Christie se
entreteve ao comparar um romance da Rainha com a narrativa de fatos realmente
acontecidos. Na ficção, o assassino de modo geral é bem mais esperto, mas em
compensação o detetive também é. Por outro lado, mesmo tratando-se de um livro
para jovens, achei a leitura muito mais sombria que a de um romance policial.
Afinal, aquelas pessoas foram mortas MESMO.
O livro
é uma espécie de “A Sangue Frio” teen-tupiniquim. O autor, Percival de Souza,
teve mais bom senso que o Truman Capote e encerrou sua história antes da
conclusão final. Caso contrário, não teria publicado seu livro. Aos olhos da
justiça, o crime da rua Cuba permanece sem solução até hoje.
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