“Para
escrever o menor dos contos a vida inteira é curta. Nunca termino uma história.
Cada vez que a releio eu a reescrevo (e, segundo os críticos, para pior).”
Dalton
Trevisan é um talentoso obsessivo. Ou um obsessivo talentoso, não sei ao certo.
O que não há dúvida é que se trata de um escritor de muitos recursos, pra lá de
experiente na “arte de cortar palavras” (na genial definição do ato de escrever
por Carlos Drummond de Andrade). Não há uma gota de “gordura” no texto de
Trevisan, somente o indispensável. Fica patente que seu texto foi submetido a
laboriosas revisões em busca da perfeição inalcançável.
Daí a
obsessão do escritor, que não é só pela concisão do texto. Outras mais vão
sendo percebidas ao longo da leitura, sendo a que mais me marcou a do licor de
ovo. Alguém já provou essa bebida? Não sei se eu teria coragem.
Muito
interessante a estrutura do livro, que agrupa vários contos em dois arcos de
histórias: “O Vampiro de Curitiba” e “O Anel Mágico”.
Admirei
muito o talento do autor, que é inegável. Mas não apreciei particularmente a
sua visão de mundo, amoral e tendendo para o pessimismo. A leitura deixou um
gosto ruim na boca. Deve ser o tal licor de ovo...
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Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:
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MANIFESTO: LEIA AGORA (porque não existe outro momento):
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