terça-feira, 22 de janeiro de 2013

OS CINCO PORQUINHOS – Agatha Christie



- Sutil, meu caro Poirot!

Muito sutil!!!

Esse foi um dos primeiros livros que li de Agatha. Na primeira leitura, impactado como estava por obras como “O Caso dos Dez Negrinhos”, “O Assassinato de Roger Acroyd” e “A Casa Torta”, achei a história dos porquinhos chata que só...

Ao ler pela segunda vez, anos e anos depois, quanta coisa mudou!

Mais uma vez, foi preciso que eu mesmo evoluísse como leitor para poder apreciar devidamente o valor desse grande clássico do romance policial, que hoje coloco junto com os melhores escritos por Agatha Christie.

Poirot investiga um crime ocorrido há dezesseis anos. Não há mais evidências a serem colhidas, somente a análise psicológica das pessoas envolvidas. Creio que em nenhum outro livro Agatha demarcou tão bem as diferenças entre o seu Hercule Poirot e o Sherlock Holmes de Conan Doyle.

O que me fez achar a leitura chata da primeira vez é que os acontecimentos que levaram ao crime são repetidos pela ótica de cada uma das cinco pessoas diretamente envolvidas. A mesma história é contada nada menos que dez vezes! Pois há primeiro uma entrevista de Poirot com cada um dos “cinco porquinhos” e depois o relato escrito que eles fazem a pedido do detetive.

Mas é justamente aí que está o grande fascínio de “Os Cinco Porquinhos”. Uma trama sutilíssima e habilmente montada pela Rainha, com uma profundidade psicológica raramente alcançada em seus livros.

Bom demais!!!



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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

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