Ganhei essa obra aqui na CRL participando do concurso cultural 42 com um pequeno texto sobre a Rainha Crime,e devia essa foto do lindo presente que eu ameiiii,e não resisti em dar as minhas impressões sobre tudo que li.
A obra começa cheia de
delicadezas de quem realmente não pretende se apropriar de nenhum glamour...Em
um misto de diário eufórico e indicações, o autor nos vai levando a sentir a presença de Agatha a cada
página. Pequenas falas da Diva vão se misturando e ajudando-o a contextualizar
seus passos, pensamentos e sensações. O autor ainda propõe ao leitor o desafio
do conhecimento das obras da autora, o que realmente me deixou curiosa pela
forma com que isso iria acontecer ao longo da obra.
Graciosamente Tito chama a autora
de ‘minha ícone’, emoção essa que fez com que eu esquecesse por completo
qualquer olhar crítico que pudesse fazer em relação ao que já havia lido ou
iria ler, e ingressar com ele em sua deliciosa aventura.
As minúcias eufóricas do seu
olhar enchem as páginas iniciais, fazendo com que pequenos detalhes da cidade
da Diva virassem grandes sensações. A cada passo Tito encontra sua ícone
...pelos cantos da cidade ou comendo apenas uma simples maçã ele respira
Agatha. Entrelaçando biografia, pesquisa, conhecimento, prazer e uma enorme
euforia, o autor nos vai entretendo com
tamanha maestria, que quando nos damos conta, devoramos quase toda a obra.
Talvez seja a primeira vez de
fato, que o autor conseguiu abraçar não somente com o coração, mas também com
os olhos, múltiplas minúcias e detalhes
íntimos, pessoais e artísticos da Diva que se hospeda misteriosamente a tempos,
por todas as paredes do quarto de hóspedes ao
lado do seu. Uma belíssima hóspede silenciosa, que
parece estar mais viva pelas paredes emocionadas de Tito do que pelos
corredores de Ashfield, onde só restou a alma da Valente Araucária,e onde ‘le
passe l’habite’ e nada mais.
Através das páginas lindamente
detalhadas e da emoção do autor, pude sentir-me
dentro da obra, banhada pelos mares da pequena praia de pedras Beacon
Cove da infância de Agatha, escutar o barulho alegre da rua de Ashfield onde
viveu felicidades e desventuras por quase toda uma vida, vestir-me com o seu
casaco de peles predileto, degustando seu Creme de Leite preferido. Pude até me
orgulhar pela minúscula familiaridade que senti com Agatha em também amar e
colecionar caixas de madeira...ahahh
Pude sentir a maravilhosa
sensação de felicidade de Agatha, na suíte 216 no Grand Hotel em sua lua de
mel, o prazer de sua intimidade como Mrs. Mallowan, a agonia e angústia dos
piores momentos de sua vida, em sua ‘sombria casa’ Styles em Sumingdale, a angústia da procura emocionante por seu corpo no
Silent Pool, como previa Edgar Allan Poe, a visão frágil de Agatha em 1976,
pouco antes de sua morte, e a enorme emoção do autor quando encontrou o nome de
sua Diva em uma lápide...tudo isso envolvido num fino papel de euforia prazer e dor.
Terminei a obra impregnada com o
cheiro da nossa emocionante viagem, e com a marcante lembrança viva da bela e altiva Dama, no alto
da escada do The Old Swan Hotel, finamente maquiada e penteada, vestida com um
belíssimo vestido rosa de seda, deixando a mostra não apenas os ombros nus, mas também para mim sua alma rasgada e ferida.
Adoraria sentar-me no piano de
estimação de Agatha em Greenway, mas quem sabe um dia ainda consiga traçar o
mesmo magnífico roteiro, que o nosso emocionado autor nos presenteou , levando
claro, a tão detalhada e maravilhosa obra embaixo do braço né?
Parabéns Tito pelo belíssimo trabalho.
Fiquei encantadaaa e espero ansiosa pela próxima obra.
Obrigado por me proporcionar
momentos tão deliciosos de leitura e prazer.
Bjs
Que beleza, Lua. Também curti demais essa "viagem" com o Tito.
ResponderExcluirA mais perfeita tradução do Viagem.. Amei Lua!
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