terça-feira, 1 de julho de 2014

O menino do pijama listrado - John Boyne


Bruno tem 09 anos e poucas preocupações na vida, além da baixa estatura para a idade e a chatice da irmã mais velha, Gretel, mais conhecida como Caso Perdido. Tem 03 amigos inseparáveis e apesar da austeridade do pai, vive feliz com sua família em Berlim.

Um dia, porém, recebe uma noticia que o deixa abalado. Toda a família terá que se mudar para outra cidade por conta do trabalho do pai, que parece ser muito importante, mas ele nem mesmo sabe ao certo o que é. A situação fica pior quando ele percebe que não há previsão de volta, a casa nova é menor do que a outra e não há crianças por perto para brincar. Bem, crianças existem, como ele logo descobre, mas não podem chegar perto dele, pois ficam separadas por uma gigantesca cerca, que cobre uma extensão a perder de vista, juntamente com outras pessoas, todas com uma peculiar e intrigante característica: todos usam pijamas listrados. Inclusive Shmuel, um menino que Bruno encontra num dia de profundo tédio, em que resolve explorar o local. Bruno fica feliz, por finalmente ter alguém para conversar. Pena que não podem brincar, pois Shmuel vive do outro lado da cerca e não tem permissão para sair, nem Bruno para entrar.

É desta forma singela que a história é contada. Como dito no título original, O menino do pijama listrado é uma pequena fábula sobre o Holocausto, visto pelos olhos ingênuos de uma criança. Tudo o que lemos é o que Bruno, na sua mente infantil, consegue discernir da estranha situação atual.  Até mesmo o nome do campo de concentração (conhecido para nós) não é mencionado no livro, pois Bruno não consegue pronunciar o nome correto, portanto para ele (e para o leitor) será sempre Haja-Vista (confesso que demorei um pouco para fazer a associação).

Bruno e Shmuel tem a mesma idade e outras afinidades, mas estão separados pela cerca (e por tudo o que ela significa). Até onde pode ir essa improvável amizade?

O menino do pijama listrado é uma história triste, não pelo que lemos, mas pelo que sabemos da realidade.  Triste pelo que existe nas entrelinhas, que não é mostrado, mas adivinhado. Uma pequena e tocante história.

Um comentário:

  1. Ah, esse livro está aqui na minha estante para ser lido, mas acabo sempre passando outras leituras na frente. Espero lê-lo ainda esse ano.

    Beijos,
    Sorteio: livro “Hathor”

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