quinta-feira, 11 de maio de 2017

ÁGUA DE BEBER, CAMARÁ! UM BATE-PAPO DE CAPOEIRA – Bira “Acordeon” Almeida


Linda obra, muito inspirada e inspiradora, sobre a arte e o axé, os mistérios e as mandingas da capoeiragem. O livro apresenta, de forma leve e atraente, um pouco de cada um dos elementos que constituem o fascínio da capoeira: sua história e tradições, sua filosofia e espiritualidade, sua música contagiante, seus inúmeros causos. A prosa de Mestre Acordeon flui com agilidade, como em um belo jogo, pelas ricas recordações de sua convivência com Mestre Bimba, de quem foi aluno, e também de suas próprias andanças, reflexões e descobertas como capoeirista e ser humano. Tudo isso intercalado por belas passagens mais poéticas, onde é patente o esforço de transmitir ao leitor algo desse universo tão vívido de sentimentos e sensações que é impossível ser totalmente expressado por meras palavras.

Entusiastas da capoeira encontrarão neste livro muitos motivos para deleite. E aqueles desejosos de conhecer um pouco mais sobre a capoeira certamente terminarão a leitura com vontade de aprender mais e mais.


Como capoeirista, o respeitadíssimo Mestre Acordeon está mais do que qualificado para escrever esta obra. E o escritor Bira Almeida não fica atrás, com um texto elegante e sobretudo muito corajoso ao compartilhar com o leitor um pouco de seu íntimo. Ao ler esse livro, lembrei da visceral crônica de Fernando Sabino, em que ele fala que um verdadeiro escritor deve estar pronto para apresentar seu coração sangrando à mesa do jantar. O autor de “Água de Beber, Camará!” certamente não fugiu ao desafio literário e existencial.

Mestre Tyko Kamaleão, de quem tenho a honra e a felicidade de ser aluno, costuma dizer que “capoeira é uma colcha de retalhos, e cada Mestre é um copinho da verdade”. E que alegria poder saciar um pouco dessa grande sede de saber nesse vasto copinho de “Água de Beber, Camará!”


E viva a Capoeira!


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MANIFESTO – Mensageiros do Vento

Um experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/5823590

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