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sábado, 21 de abril de 2012
Os três mosqueteiros - Alexandre Dumas
O ponto principal desse, que é um dos clássicos incontestáveis da literatura mundial, é a composição dos personagens. Longe de serem aqueles cavalheiros venturosos de todas as fábulas e desenhos animados baseados nessa obra, os quatro personagens principais(Athos, Portos, Aramis e D´artagnan) são muito mais do que isso, sua composição é tal que a personalidade de cada um vêm se moldando do princípio ao final do livro, expondo suas vontades, seus métodos, suas regras de cáracter, costumes e o principal, suas feridas. E é uma grata surpresa saber que não pára por aí, pois os quatro são muito bem acompanhados cada qual com o seu lacaio, que muito além de meros coadjuvantes, prestam papel fundamental em diversas passagens da história. Além de um enredo fantástico e diversas outras personagens que entram e saem da estória cada qual deixando sua marca, ora roubando demasiado a cena, mas somente para abrilhantar cada vez mais a aura de nossos quatro(quem sabe oito) heróis. Tudo começa entre uma ferrenha disputa entre os poderes de duas guardas principais, a saber, os mosqueteiros de Sr. de Tréville e a guarda do cardeal Richelieu, que nada mais é que um reflexo da disputa política travada em meio à corte por esses dois senhores, e quando tudo parece óbvio, a estória vai se desenvolvendo de forma fantástica, ganhando cada vez mais camadas tornando a leitura imprevisível.Certo, nem tudo são flores, e devo dizer que o autor peca pelo excesso de pequenas aventuras paralelas(excelentes pequenas aventuras paralelas diga-se de passagem) deixando por vezes a saga principal em segundo plano, tornando tudo pouco linear, apesar de a maioria delas se conectar à estória principal de forma bastante enriquecedora. Ao mesmo que o livro pode ser facilmente dividido em duas partes, pois em determinado momento a narrativa ganha uma guinada sem precedentes(onde o autor opta por uma narrativa bem mais sombria) e finalmente e estória passa a ganhar uma forma bastante definida. É válido mencionar que praticamente todos os personagens e intrigas são baseadas em histórias e personagens reais(e que vida agitada essas pessoas tiveram), facilmente identificadas pelas notas de Octávio Mendes Cajado, tradutor da versão nacional. Sem mais delongas, eu recomendo!
Textos & Poemas em: http://anatomiadolivro.blogspot.com.br/
sábado, 3 de setembro de 2011
O Colar de Veludo - Alexandre Dumas
Conhecido mundialmente por seus romances cheios de aventuras e conspirações, Alexandre Dumas dá um tempo nas histórias de capa-e-espada para criar esta pequena aventura romântica e misteriosa.
Em uma pequena cidade alemã, um jovem artista apaixona-se perdidamente pela filha de um velho músico, a bela e angelical Antonia. Aceito como pupilo de mestre Murr, Hoffman vê-se duplamente feliz: a bela Antonia também apaixona-se por ele e o romance dos dois é bem aceito pelo severo e amoroso pai da moçoila. Fim de história? Claro que não, afinal, não é na pacata cidade de Mannheim que nossa trama irá realmente se desenvolver, mas sim na bela, fervilhante e, no momento histórico da trama, sangrenta Paris dos anos da Revolução Francesa (1789-1799).
Embora enamorado de Antonia, a quem jura amor eterno e casamento, Hoffman tinha um plano em mente: conhecer a cidade das artes. Seu grande amigo Werner já está lá e Hoffman só não foi com ele pois, exatamente no dia da viagem, seus olhos fitaram Antonia e o plano ficou esquecido. Portanto, fica acertado que ele irá a Paris antes do casamento.
A chegada a Paris será mais difícil do que Hoffman supunha. O ano é 1793 e as mortes na guilhotina são comuns, principalmente para os que possam ser considerados inimigos da revolução.
Mas é na Ópera de Paris, que aventura de Hoffman irá começar. É lá que ele conhece a bela e sedutora bailarina Arsène, cujo adereço frequente é um colar de veludo. E entre o extremo fascínio provocado por Arsène e a promessa de fidelidade a Antonia, Hoffman se vê envolvido em um situação cheia de incertezas e mistérios. Conseguirá o amor romântico ser mais forte do que o desejo?
Além de ser uma história deliciosa de ler, O Colar de Veludo também é interessante pelo pano de fundo histórico. Aqui e ali, o autor faz algumas veladas críticas ao que, aparentemente, ele considera excessos da época, em algumas frases cheias de fina ironia:
" - Vamos, cocheiro - gritou o médico.
Em seguida, despediu-se da multidão.
- Viva o doutor! - gritou a multidão.
Quando a multidão está sob o domínio de uma paixão, ela sempre precisa gritar 'viva alguém' ou 'morra alguém'. "
Nesta edição da L&PM, há um posfácio em que o escritor presta uma homenagem a um amigo, o também escritor francês Charles Nodier. Uma narrativa cheia de afeto e com um dado interessante, que complementa a leitura de O Colar de Veludo.
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