domingo, 3 de novembro de 2019

CHRISTINE – Stephen King


Não resisti à oportunidade de reler esse livro ao vê-lo na estante do P.U.L.A. (Passe Um Livro Adiante), mesmo sendo provavelmente a obra mais fraca da primeira e gloriosa fase de Stephen King. Reli no intuito de estudar a narrativa detalhada e envolvente de King, um autor que consegue dar credibilidade e verossimilhança às situações mais grotescas justamente pela minuciosa profusão de detalhes biográficos e sentimentais com que ele mune seus personagens.

Talvez por eu não me interessar muito por carros, essa releitura tenha chamado a minha atenção justamente para como o tema sinaliza uma das obsessões de Stephen King, Não tanto por “Christine”, uma vez que o autor já escreveu dezenas e dezenas de livros sobre as mais diversas nuances do terror, mas pelo fato de ele ter escolhido o conto “Caminhões” (presente no ótimo “Sombras da Noite”) como base para o roteiro do primeiro e único filme que ele se arriscou a dirigir, “Maximum Overdrive” (lançado no Brasil como “Comboio do Terror”, vide trailer: https://youtu.be/ggWS4tTzs60).


“Caminhões”, lançado em 1978, gira em torno da mesma ideia básica de “Christine”, publicado em 1983: carros adquirindo vontade e inteligência próprias e voltando-se contra os homens. Ao fazer essa conexão, lembrei do grave acidente sofrido pelo autor em 1999, quando foi atropelado por uma van, sofrendo fraturas múltiplas e perfuração do pulmão. Fiquei muito impressionado ao saber que depois de se recuperar desse grave acidente Stephen King comprou a van que o havia atropelado e a destruiu a marretadas. Não deixa de ser uma bizarra sincronicidade entre a obra e a vida do autor.


“Christine”, aliás, também virou um filme lançado no mesmo ano do livro e dirigido por John Carpenter (https://youtu.be/9aU5l2e9YlQ).



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“Em nossa cidade habitam monstros, como em todas as outras.
A diferença é que aqui ninguém finge que eles não existem.
Há pessoas normais em nossa cidade também. É claro.
Ser normal é só a maneira mais ordinária de ser monstruoso.”

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